quarta-feira, 29 de maio de 2013


Eu, por Nouredinha!

““ Purê de banana da terra, picanha e risoto de carne seca, depois um licor com cafezinho.

 Algumas pessoas se expressam com palavras escritas e faladas com tamanha propriedade, que conseguimos sabe - los só de ouvir ou ler o que produzem. Já lhes falei do Seu Augusto e sua forma impar de dominar as palavras. Outras pessoas pintam, bordam ou desenham dando vida ao que são... com os mais variados recursos.

Tenho a sorte de conhecer e amar alguém singular de escrita impecável, mas que tem na musicalidade que lhe invade a alma e na arte de cozinhar, sua expressão mais plena, seu retrato mais fiel.

Paulinho não fala, canta. Ele é incidental no seu repertório variado e de bom gosto. Há uma música para cada momento, seja alegre, triste ou poeta, como diz Caetano Veloso. Ele é “assim, sei lá, meio passional por dentro”. Fala de amor, cidadania, família, tristeza e alegria sempre cantando e contando aos seus botões as suas muitas histórias vividas.

Não bastasse a musicalidade, se expressa pelo cuidado e atenção na cozinha fazendo uma combinação de agrados, mimos, sabores, odores e muito visual que enche os olhos e a barriga de quem ama. Parte do princípio, que barriguinha cheia é plena felicidade.

Cozinha para os filhos, amigos, irmãos e amadas. Prepara de mamadas a bacalhau com o mesmo cuidado, a mesma dedicação e fica esperando que cada um se alimente e se sacie para então sentir-se realizado.

O menu de hoje que dá título a este post é prova de que ele não é um homem só para ouvir , mas também para degustar e, que lhe valha a amplitude da expressão que aqui declaro.

Em breve ele virá a Salvador e poderemos desfrutar de suas muitas habilidades, inclusive as proibitivas para este espaço.

Salve seu Paulinho, um homem de Oxum com todos os seus dengos, com a força conferida por Ogum e paizão que nem Oxalá. Salve, Salve a Bahia lhe espera de braços e coração aberto!””.

Talvez Dona Dinha tenha me pintado com as tintas e cores do imaginário de Bajado, de certo, mesmo, só o cardápio que “ajeitei” para a família aqui em Goiânia; de todo modo, gosto de cantar de ler e escrever - tento passar estes hábitos aos meus filhos, nem sempre tenho sucesso - gosto de cozinhar para quem gosto e amo.

Assim sou eu, que nem o imbondeiro - árvore africana; tem uma entre o mar e o CLDC em Camp Malongo, que ainda hoje habita, junto com meus miúdos, minhas recordações - seu imenso tronco é capaz de dar abrigo a muita gente.
 

 

segunda-feira, 27 de maio de 2013


Fluência: português x inglês

Caros Senhores:

Venho, já faz um bom tempo, batendo na tecla dos assassinatos constantes da nossa língua, que tenho visto e lido por toda parte, e tem se agravado, sim, com o "internetês" e piorado muito com a exigência, muitas vezes absurda, da fluência na língua inglesa - notem que não estou sendo contra, para alguns cargos, esta exigência; mas, convenhamos, inglês fluente para homem de área?

Vejamos duas pérolas em versões portuguesa e inglesa:

i am in brazil and finding (looking / searching) for a job. you have (Have you/ Do you have)  any opportunities for mechanical project engineer ?

Angela, aqui (a que) área estar disponível? - nem dá para entender....

A respeito do trato com nossa língua vernácula não concordo com o argumento de que apenas a escola pública é deficiente: a verdade é que o ensino vem se deteriorando, no Brasil, nas escolas públicas, mas também nas particulares; pensem... salas lotadas, ensino voltado para aprovação em vestibulares, etc.

Fiz meu primário e ginasial (sim, sou deste tempo... fiz exame de admissão - promoção do primário para o ginásio (gostoso rito de passagem) em escolas públicas; tinha nota de comportamento em classe!!!

Quanto ao ensino da língua portuguesa estudávamos todas as classes gramaticais, todas as conjugações dos verbos (1ª, 2ª e 3ª), análise morfológica (alguém sabe do que se trata?), análise sintática, fazíamos ditado, cópia, redação/dissertação, éramos “obrigados” a ler pelo menos 4 livros/ano de autores de língua portuguesa

Além de toda a educação básica, era grande o nível de exigência com Educação Moral e Cívica e Educação Social - por exemplo, para evitar atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos (aquele termo em inglês da moda), passíveis de punição. O professor era respeitado, tinha conteúdo pessoal e cultural para transmitir, a formação desta pessoa era levada a sério nas Escolas Normais e nos Educandários Religiosos.

Bom, acho que me excedi no saudosismo, mas não creio ser mais possível reverter este quadro que tanto conspurca a Educação nestas terras tupiniquins; nem que seja, realmente, necessária esta exigência, desmedida e descabida, da fluência no idioma inglês - até porque ler Shakespeare para conversar com texanos é, no mínimo aviltante - e os HH/RH brasileiros deveriam ter a devida decência nestes processos. Enfim procuro fazer minha parte corrigindo, sem ser pedante, sempre que ouço/leio um erro de língua portuguesa.

Tenhamos, todos, um bom dia, senhores.

Paulo Jonoel Gonsalves Araújo

Engenheiro Químico

Engº. de Processamento de Petróleo

Engº. de Produção de Petróleo

Analista de Risco

Especialista em ATEX

Engº. de Segurança do Trabalho

Especialista em Segurança em Projetos de E&P

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Segurança: uma questão de amor, memória e imaginação.




A segurança é uma das mais antigas preocupações do homem, desde os tempos em que procurou abrigo em uma caverna. Quem ama deve proteger o objeto de seu amor de tudo o que possa ser nocivo, física ou psicologicamente, mas também deve se proteger a si próprio como forma de manter contínua essa proteção. A memória nos serve para reconhecer uma situação já vivida e as lições dela advindas e a imaginação nos alerta para as prováveis consequências indesejadas.


Costumo dizer, em cursos ministrados, que o motivo principal e último da vida é a busca da felicidade, mas também “quem podia afirmar que a eternidade de uma alegria podia compensar um instante da dor humana?” (Camus, Albert in A Peste); portanto a questão da segurança está intimamente entrelaçada com a afetividade (Amor) em todos instantes e locais - um local de trabalho tende a ser tanto mais seguro, intrinsecamente, quanto maior for o nível de afetividade entre os trabalhadores, pois sempre se quer evitar qualquer injúria a um amigo ou irmão.


Qualquer desvio da conduta de segurança, de indiferença, diante qualquer situação potencialmente periculosa, insegura, põe em risco vidas humanas e, sem dúvida esta atitude é, e será, sempre pecaminosa e criminosa - Camus reforça que “... havia épocas em que não se podia falar de pecado venial...todo pecado era mortal  e toda indiferença, criminosa...tudo ou nada.”

Assim, a segurança na operação de processos engloba todos os métodos e técnicas empregadas na operação de equipamentos, sistemas ou plantas, visando à preservação do elemento humano e do meio ambiente, bem como a integridade física dos equipamentos e a continuidade operacional. Segurança do trabalho é um estado de convivência pacífica e produtiva dos componentes do trabalho (recursos materiais, humanos e meio ambiente). As funções de segurança são aquelas intrínsecas às atividades de qualquer sistema (gerência), subsistema (divisão e setores) ou célula (profissionais), e que devem compor o universo do desempenho de cada um destes segmentos.

Sou Paulo Jonoel¹ e nos veremos em breve.
Engenheiro Químico, Eng. de Processamento e Produção de  Petróleo,  Analista de Risco e Especialista em ATEX , Segurança do Trabalho e Segurança em Projetos de E&P.

e-mail: eujonoel@yahoo.com.br

 
...diferentes soluções para um mesmo objetivo,
Escolha o melhor e mais adequado ao momento, às pessaos e aos recursos disponíveis