domingo, 2 de junho de 2013


Atmosferas Potencialmente Explosivas: classificação de áreas / instalações elétricas, conceitos de proteção - Parte 1.

 

Introdução.

 As indústrias que processam, armazenam, utilizam e transportam substâncias inflamáveis (principalmente hidrocarbonetos), ou poeiras combustíveis ( açúcar, grãos, produtos alimentícios, derivados do leite, serragem resultante do processamento da madeira, limalhas de alguns metais, etc.) precisam de instalações elétricas especiais, pois a segurança da unidade fica comprometida caso um equipamento elétrico ou eletrônico possa atuar como uma fonte de ignição.
A proteção contra explosões é uma das medidas mais importantes em matéria de segurança; em caso de explosão, a vida e a saúde dos trabalhadores são postas em perigo devido ao efeito incontrolado das chamas e da pressão, bem como em virtude dos produtos de reação nocivos e do consumo do oxigênio do ar indispensável à respiração.
Apresentaremos alguns aspectos que devem ser observados na instalação de equipamentos elétricos em locais onde exista uma atmosfera potencialmente explosiva ou inflamável devido à presença de gases, vapor, poeiras ou fibras; apresentamos, também, uma noção de classificação de áreas segundo as normas IEC/ABNT e NEC, bem como os requisitos necessários para utilização de equipamentos e acessórios nesses locais, conceitos e seleção dos mecanismos de proteção.
 


Objetivos.

· Conhecer parâmetros relativos à classificação de áreas em atmosferas  potencialmente explosivas;
· Conhecer as tecnologias aplicadas a equipamentos elétricos a serem instalados em áreas classificadas;
· Conhecer as técnicas a serem aplicadas na operação e inspeção destes equipamentos;
Conhecer as normas (nacionais e internacionais), códigos e requisitos legais aplicáveis.
· Conhecer as propriedades de substâncias combustíveis, a saber: ponto de fulgor, faixa de explosividade, densidade de vapor, temperatura de auto ignição, as diferenças entre gases e vapores e as diferenças entre inflamáveis e combustíveis;
· Conhecer o potencial para criar um risco de explosão, entendendo a razão da explosão em áreas classificadas, as definições de ignição, combustão, propagação, velocidade de propagação, atmosfera explosiva e área classificada;
· Saber ler um documento de Classificação de Áreas feito conforme NBR IEC 600.79- 10 e interpretar as características das atmosferas explosivas: “zonas”, “grupos” e “classe de temperatura”;
· Identificar Sinalização em campo;
· Identificar os fundamentos de métodos de prevenção de explosão e o gerenciamento de risco baseado na identificação de risco e controles da atmosfera (proteções primárias contra explosões), fontes de ignição e danos;
· Ferramentas não faiscantes.

Áreas classificadas em Filtro Prensa Horizontal



Lágrima de preta
 


Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que  tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes deu-me o que é costume:
nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
 
(Antonio Gedeão – 1906/1997)

Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (Lisboa, 24 de Novembro de 1906 - Lisboa, 19 de Fevereiro de 1997), português, foi um químico, professor de Físico-Química do ensino secundário no Liceu Pedro Nunes e Liceu Camões, pedagogo, investigador de História da Ciência em Portugal, divulgador da ciência, e poeta sob o pseudónimo de António Gedeão. Pedra Filosofal e Lágrima de Preta são dois dos seus mais célebres poemas.

Pequena digressão a respeito de tensão superficial, a pétala e a gota de orvalho.


Pequena digressão a respeito da tensão superficial, a pétala e a gota de orvalho.
 
 
  
“A felicidade é como a gota de orvalho
numa pétala de flor...
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor...”
 
A comparação da felicidade com a gota de orvalho em uma pétala pode levar à pergunta: como se forma uma gota?
 A afirmação de que, tranquila, a gota brilha, revela aspectos de reflexão e refração da luz pelo líquido em seu interior. O arco-íris mostra estes “brilhos” coloridos... um fenômeno com as gotas de chuva.
A letra continua chamando a atenção para o equilíbrio instável da gota na parte convexa da pétala. Depois de certo tempo, uma perturbação qualquer tira a gota da sua posição tranquila; e ela cai...
Tanto a pétala quanto a gota são leves e podem oscilar: a pétala pelo vento e suas forças de restauração ao equilíbrio, e a gota pela tensão superficial.
A gota e a felicidade terminam, mas são belos momentos enquanto duram.
 
(Prof. Dr. Samuel Rocha de Oliveira)